A NASA organizou uma transmissão pública durante o dia de ontem onde comunicou que as amostras do Bennu trazidas pela missão OSIRIS-REx são ricas em carbono e água. Foi nesta mesma apresentação que a agência espacial dos EUA explicou a bateria de primeiras análises que fez a estas amostras.
“A amostra da OSIRIS-REx é simplesmente a maior amostra de asteroide rica em carbono que foi trazida para a Terra e vai ajudar os cientistas a investigar as origens da vida no nosso planeta durante as próximas gerações” afirma o administrador Bill Nelson, para depois complementar que “quase tudo o que fazemos na NASA procura responder a perguntas sobre quem somos e de onde vimos (…) missões como a OSIRIS-REx melhoram o nosso entendimento de asteroides que possam ameaçar a Terra e dão-nos um rasgo de visão sobre o que está lá fora. A amostra chegou à Terra, mas há muito mais ciência para executar – ciência como nunca a vimos”.
A missão arrancou em setembro de 2016 e chegou ao asteroide Bennu em dezembro de 2018. A sonda depois passou 22 meses a estudar a rocha a partir da órbita e a procurar o local certo para aterrar e apanhar as amostras. Em outubro de 2020 começou a manobra de aproximação, que se provou mais desafiante do que se esperava, uma vez que a superfície do Bennu era mais porosa do que se esperava, lembra o Space.com. A missão de recolha acabou por ser demasiado bem sucedida, com tanto material que acabou por entupir os mecanismos e libertar algumas amostras de volta para o espaço. Em maio de 2021, a sonda iniciou o seu caminho de regresso para a Terra e acabou por chegar ao nosso planeta a 24 de setembro.
Os trabalhos de análise ainda estão no início, mas já se sabe que a sonda trouxe mais de 250 gramas de material espacial, bem acima das 60 gramas que se definiram como objetivo inicial. A sonda OSIRIS, depois de lançar a cápsula de recolha para a Terra, continua o seu voo, agora a orbitar o asteroide Apophis.