Os três astronautas chegaram à Estação Tiangong em fins de outubro, para uma missão de seis meses, e receberam em novembro uma missão de reabastecimento na qual estavam 15 moscas da fruta adultas e 40 crias. A intenção dos investigadores é estudar o crescimento e comportamento destes insetos e avançar com investigações em genética e neurociência.
Zheng Weibo, um dos investigadores envolvidos, conta à televisão chinesa CCTV, que “a experiência espacial, sub-magnética, com moscas da fruta pretende principalmente estudar os mecanismos moleculares das moscas em ambientes de microgravidade e sub-magnéticos, bem como os seus movimentos característicos e saber se há quaisquer mudanças nos seus ritmos biológicos”.
A intenção é avaliar como os campos magnéticos afetam os seres vivos, conhecimento que será essencial para a exploração espacial profunda, altura em que deixamos de estar sob a influência do campo magnético da Terra. Este estudo é o primeiro a combinar os efeitos da microgravidade e dos campos sub-magnéticos.
Esta não é a primeira vez que são usadas moscas da fruta no Espaço, iniciativas que já começaram em 1947 quando foram lançadas pela primeira vez para a atmosfera superior da Terra. Também em 2015 estes animais já tinham sido usados, quando foram colocadas na Estação Espacial Internacional para ajudar a perceber como o corpo humano combate as infeções.