Durante uma reunião do Mars Exploration Program Analysis Group, da NASA, foram apresentadas três propostas de redes de comunicações a serem estabelecidas na órbita de Marte. Uma delas, sem surpresa, vem da SpaceX de Elon Musk e passa por construir uma constelação de “múltiplos satélites SpaceX colocados na órbita de Marte para fornecer visibilidade completa e interoperabilidade para os bens colocados no solo e em órbita”, lê-se no slide partilhado pelo Spaceflight Now na rede social X.
O conceito da ‘Marslink’ é inspirado no que a SpaceX já está a fazer com a Starlink, onde já tem mais de sete mil satélites e com o objetivo de chegar aos 42 mil nos próximos anos. A ideia da empresa de Musk é criar esta rede de comunicações virada para Marte para ajudar depois na futura colonização do planeta e construir habitáculos permanentes ali.
Além da proposta da SpaceX, a NASA tem ainda ideias da Blue Origin e da Lockheed Martin para estabelecer as comunicações em Marte. A Blue Origin sugere usar o Blue Ring que foi desenhado para alojamento, transporte, reabastecimento, transmissão de dados e logística, bem como cloud computing no espaço. Este projeto é apoiado pela Unidade de Inovação na Defesa do Pentágono e vai ser lançado em data ainda a confirmar. Já a Lockheed Martin sugere usar o MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile EvolutioN) que foi lançado em 2013 para estudar a atmosfera de Marte e que pode ser recolocado para uma órbita de comunicações e funcionar depois como a rede de antenas de rádio da NASA, a Deep Space Network, noticia o website Gizmodo.
A apresentação da NASA e a revelação destes slides mostram que a agência dos EUA está a apostar fortemente nas parcerias com empresas privadas para levar a exploração espacial mais adiante.