A Luna-25 é a primeira sonda lunar produzida na história da Rússia moderna e foi ontem lançada em direção à Lua. Os planos russos preveem uma viagem de cinco dias, outros cinco a sete dias para rodear o satélite natural e depois uma alunagem na região do polo sul. Depois, a sonda deve ficar um ano à superfície da Lua.
A missão acabou por sofrer grandes atrasos, partindo só agora, dois anos depois da data estimada originalmente. A invasão da Ucrânia foi um dos principais fatores para este atraso, com a Agência Espacial Europeia a cessar a cooperação e a não ceder a câmara de navegação que estava a ser desenvolvida especificamente para esta missão.
A ida à Lua constitui uma das prioridades para Vladimir Putin, que salientou que as sanções decretadas pelas organizações internacionais não iriam impedir a exploração espacial da Rússia.
A Luna-25 tem como objetivos testar a tecnologia para alunagens suaves futuras, analisar poeiras e rochas lunares e conduzir várias experiências científicas à superfície, bem como procurar vestígios de água gelada.
A sonda é fundamentalmente diferente das antecessoras e é constituída por duas partes: uma plataforma de aterragem com um sistema de propulsão e kit de aterragem e um contentor despressurizado de instrumentos com equipamentos a bordo como radiadores, eletrónica, painéis solares, fontes de energia, antenas e câmaras, num total de 30 quilos de peso.
Maxim Litvak, cientista chefe da missão, resume: “a tarefa mais importante da Luna-25 é, simplesmente, sentar-se onde mais ninguém se sentou”.