“Um conjunto de aparelhos infravermelhos de elevada resolução do Webb, trabalhando juntos, revelam as estrelas, estruturas e composição da Nebulosa [da Tarântula] com um nível de detalhe que não foi possível anteriormente”, explica o comunicado da NASA que acompanha a divulgação das novas imagens.
A ilusão de uma configuração de ‘patas’ articuladas, que se deve às poeiras e gases, rendeu a esta nebulosa o nome de Tarântula (a designação oficial é 30 Doradus). A Nebulosa situa-se na Grande Nuvem de Magalhães, a 161 mil anos-luz, e é também um berçário de milhares de estrelas que aí se formam e que estão entre as maiores e mais quentes de que há registo, noticia a Cnet.
“Olhem para o centro da imagem da NIRCam e vejam estrelas azuis a brilhar numa cavidade criada pela sua própria radiação”, descreve a NASA. Apenas as áreas mais densas da nebulosa resistem à erosão provocada por estas estrelas e pelos poderosos ventos estelares, formando pilares que parecem apontar de volta para o centro do agrupamento e que estão pontilhados por protoestrelas ainda em fase inicial de formação.
Os investigadores usaram depois o Espetrógrafo a bordo (o NIRSpec) para analisar uma das estrelas em formação e chegaram à conclusão de que era bastante mais nova do que se julgava, mantendo ainda uma nuvem isoladora de poeiras à sua volta.
Já o MIRI, de Mid-Infrared Instrument, mostra imagens captadas em diferentes comprimentos de onda de luz infravermelhos e revela que “as estrelas mais quentes desvanecem e os gases e poeiras mais frios brilham (…) Nos berçários estelares, os pontos de luz indicam protoestrelas embebidas, ainda a ganhar massa”.
Aguarda-se agora com ansiedade pelo novo lote de imagens provenientes dos instrumentos a bordo do Telescópio Espacial James Webb.