Depois de seguir rumo ao Espaço a partir do cosmódromo de Baikonur, a nave de carga russa Progress MS-29, que transportava 2500 quilos de mantimentos, água e combustível, chegou à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) a 23 de novembro, ficando acoplada ao módulo Poisk.
No entanto, pouco tempo depois de se abrirem as escotilhas, os astronautas começaram a sentir um “mau odor”, além de se depararem com gotículas de um fluido não identificado. Os controladores em terra ativaram o sistema de filtragem para remover quaisquer agentes contaminantes e a tripulação voltou a fechar a escotilha do módulo russo.
A NASA confirmou que foi detetado “um mau odor e observadas pequenas gotas, que levaram a tripulação a fechar a escotilha do Poisk para o resto do segmento russo”, embora saliente que os controladores analisaram a qualidade do ar e que esta estava a “níveis normais”, avança o website Space News.
A Agência Espacial Russa (Roscosmos) não teceu qualquer comentário sobre o sucedido. A NASA, por sua vez, não providenciou qualquer informação adicional sobre a origem e conteúdo do fluido, informando apenas que a tripulação estava a trabalhar para voltar a abrir a escotilha. A Progress vai manter-se acoplada à Estação durante os próximos seis meses.
Esta não é a primeira vez que sucedem imprevistos em missões espaciais russas. Em 2022 e 2023, notaram-se fugas de líquido de refrigeração, algo que as autoridades russas atribuíram a colisões com micrometeoroides ou vestígios orbitais. Apesar de a comunidade científica ter recebido estas explicações com ceticismo, a NASA, pelo menos publicamente, parece ter aceitado a justificação.
Nesta fase, a Roscosmos irá manter a sua participação na missão da ISS pelo menos até 2028. Recorde-se que a Estação tem fim de vida previsto para 2030.