Há uma variedade de feijão tradicional, o cutelinho, muito rico em proteína – podendo inclusivamente ser usado para fazer farinhas – que está especialmente adaptado a um cenário de alterações climáticas. Isso porque as folhas desta leguminosa abrem ou fecham consoante o nível de humidade no solo. “Aumenta ou diminui a absorção de água, de acordo com a disponibilidade”, exemplifica a Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes. Em entrevista à Exame Informática (que poderá ler na íntegra na edição de julho da revista), a licenciada em Bioquímica revela que no próximo dia 8 de junho será assinado um novo contrato de financiamento, no valor de oito milhões de euros, no âmbito do PRR, para projetos destinados a fazer face às alterações climáticas. O do feijão cutelinho é um deles.
Sendo uma leguminosa, esta cultura tem ainda outro efeito positivo que é o de ajudar a fixar azoto. Defensora de uma agricultura baseada na ciência e na tecnologia, a Ministra revelou ainda a disponibilidade de 12 milhões de euros, a partir de julho, para fomentar a agricultura de precisão. “O futuro da agricultura, em Portugal e no mundo, vai-se fazer com ciência, tecnologia e inovação. Com o crescimento da população vamos precisar de diversificar e de encontrar alternativas.”