A YouTube anunciou numa publicação no seu blogue que vai começar a banir conteúdos que sejam direcionados contra uma pessoa ou grupo, teorias da conspiração como o QAnon e outros que estejam a ser disseminados e usados como justificação para violência no mundo real. A empresa pretende reforçar a aplicação das suas políticas contra ódio e assédio e revela que vai aumentar o esforço nesse combate nas próximas semanas.
O grupo QAnon defende uma teoria da conspiração que retrata o atual presidente dos EUA como estando a combater uma cabala de pedófilos que inclui Democratas, elites de Hollywood e outras figuras púbicas e que coloca o FBI como um instigador do terrorismo doméstico.
A Facebook e a Twitter também anunciaram reforços no combate a estes conteúdos nas últimas semanas, lembra a Reuters.
Um porta-voz da YouTube confirma que a proibição de conteúdos vai incidir também sobre vídeos que estejam a apontar contra indivíduos ou grupos religiosos ou étnicos, sublinhando que já foram removidos dezenas de milhares de vídeos QAnon e terminado centenas de canais relacionados desde junho de 2019.
A CEO da YouTube, Susan Wojcicki, relembrou em entrevista na semana passada que muitos dos vídeos QAnon situam-se no limite entre o conteúdo que pode ser bloqueado e o que não viola qualquer política da plataforma.