Está de volta o RHI, que pelo quinto ano quer fazer de Portugal palco das artes e colocar o que de melhor se faz no País sob os holofotes de programadores culturais internacionais. Organizado pelo Arte Institute, organismo fundado em 2011, em Nova Iorque, por Ana Ventura Miranda – que pode conhecer aqui, numa entrevista à EXAME – este festival tem como principal objetivo “reunir artistas, agentes culturais e público em geral”, para “debater o futuro da cultura e das artes e encontrar novas estratégias para a promoção nacional e internacional dos “nossos” artistas”.
Este ano, o RHI passa por Évora, Lisboa, Torres Vedras, Alcobaça, Leiria, Loulé, Faro, Nazaré, Vidigueira, Braga e Funchal e tem na sua programação palestras, workshops e showcases, bem como a participação inédita, em Portugal, de programadores culturais internacionais que vêm descobrir novos talentos, diz a organização em comunicado.
“Do Brasil, o RHI apresenta Patrícia Marys e Nara Campos do Museu de Arte do Rio, que vêm dar a conhecer os projetos desenvolvidos junto da comunidade pela Escola do Olhar e a Diretora Executiva do Museu de Arte do Rio de Janeiro, Sandra Sérgio, que apresentará o projeto CO.liga e as formações online que têm disponíveis. Laís Coutinho, do Museu Imagem e Som em São Paulo, também marca presença nas palestras, onde irá ensinar aos artistas como valorizarem a apresentação dos seus projetos junto de programadores / curadores de museus”.

Entre os programadores artísticos internacionais, Portugal vai ter oportunidade de receber Erika Elliott, diretora artística executiva do City Parks Foundation, Rosemary Gill, Presidente & CEO Zeiterion Performing Arts Center e Isabel Kim, diretora do Joe’s Pub, que vêm à procura de novos talentos para atuarem em palcos internacionais. E Portugal vai responder com artistas como Evacigna, Joana Guerra, Low Profile Trio, Daniel Kemish, Francisca, LazyMan, Meu e Teu e Mach1ne Learn1ng, que são naturais ou residentes das cidades participantes do RHI.
Na passagem pela capital, Lisboa, o RHI toma a forma de conferência a acontecer na Culturgest, onde se vai debater a relação entre as artes e os negócios e as artes e o turismo, no dia 9 de maio. O encontro terminará com um concerto do brasileiro Guilherme Schwab.
“O RHI é já uma espécie de trampolim para palcos internacionais já que estes programadores estão em Portugal como uma espécie de “olheiros da cultura”, em busca de novos talentos para lançar nos seus palcos. A prová-lo, temos já vários exemplos de sucesso, fruto de edições passadas”, diz Ana Ventura Miranda citada pelo mesmo comunicado. É o caso de Surma, Moullinex ou Karyna Gomes, que graças a participações no RHI já foram convidados a pisar palcos em São Paulo, Cairo, Nova Iorque ou Miami. O RHI acontece entre os dias 5 e 13 de maio, e toda a programação pode ser conhecida no site do evento.