É que é muito fácil perder Malta de vista: afinal, com o mundo inteiro para desbravar, a tendência é deixar para depois o que está mesmo aqui ao lado. Aqui entre nós: sabia que não precisa de sujeitar-se a muitas horas dentro de um avião para encontrar o paraíso?
Com mais de sete mil anos de história, o arquipélago de Malta é um tesouro escondido em águas mediterrâneas. Basta uma viagem de três horas para aterrar naquele que é considerado um dos destinos com melhor clima da Europa. Com 315 quilómetros quadrados – três vezes o tamanho de Lisboa -, pode muito bem ser o destino perfeito que procura para este as próximas férias Eis 7 razões para colocar Malta na lista de países a não perder.
1. História, história, história

Pela sua localização geográfica, Malta sempre teve muita importância estratégica. Este país – que alcançou a sua independência do Reino Unido, em 1964 -, a ilha foi disputada por muitas potências: desde fenícios, gregos, romanos, bizantinos, depois vieram os árabes, os normandos, os aragoneses.
Os espanhóis Habsburgos também colocaram aqui um pézinho, os famosíssimos Cavaleiros de São João, depois os franceses e finalmente os britânicos. Uf! Consegue imaginar a influência (e riqueza) de tantos povos diferentes, num território tão pequeno?
Além disso, e com uma herança católica de muitos séculos, não ficará surpreendido se lhe dissermos que Malta é casa de mais de 300 igrejas, o que a torna uma das nações do mundo com mais lugares de culto católico do mundo. Não só pelas belíssimas igrejas mas por reunir, até ao momento, três locais que fazem parte do Património Mundial da UNESCO: Ħal Saflieni Hypogeum, cidade de La Valletta e os Templos Megalíticos de Malta.
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- La Valletta;
- Mdina;
- Sliema;
- e a belíssima aldeia de pescadores Marsaxlokk.
2. Uma capital de contrastes

Considerada em 2018 Capital Europeia da Cultura, La Valletta é uma cidade-fortaleza imperdível. Capaz de cativar qualquer viajante, o contraste entre a cor ocre dos edifícios e o azul do Mediterraâneo, é o ponto de partida para descobrir os recantos de uma cidade repleta de históra e resiliência. Sem dúvida que uma das melhores formas de percorrer a cidade é fazê-lo a pé, deixando que cada momento oriente o próximo passo; aqui, onde o passado se funde com o presente, há muito por conhecer.
Fundada pelos Cavaleiros da Ordem de Malta, no século XVI, La Valletta sobreviveu ao tempo e às suas intempéries – terramotos, invasões -, mantendo até hoje o seu aspeto original: ruas e fachadas de pedra, varandinhas de ferro e pátios escondidos.
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- Cocatedral de São João;
- Palácio do Grão Mestre;
- Panorâmica da cidade perto da Praça de São Jorge, Upper e Lower Barrakka Gardens;
- Casa Rocca Piccola – o único palácio habitado da cidade.
3. Autenticidade digna de filme em Gozo

É na ilha de Gozo que podemos mergulhar na autêntica cultura e história maltesas, num território praticamente intacto. As ruas estreitas de Victoria, a antiga cidade fortificada, as suas fortelezas e as aldeias pitorescas fazem desta uma paragem imperdível numa visita ao arquipélago de Malta.
É em Gozo que vai encontrar as falésias de Dwejra, de uma beleza natural impressionante, e um dos cenários da mítica série televisiva A Guerra dos Tronos. Ou o Templo de Ggantija, construído há 5000 anos, que nos leva numa viagem ao passado e a imaginar a vida dos primeiros habitantes da ilha.
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- Cidadela Victoria (ou Rabat);
- Catedral da Assunção.
4. Atividades náuticas em águas cristalinas

Para os apaixonados das atividades náuticas, as Ilhas Maltesas – Malta, Gozo e Comino – são também sinónimo de pequenos paraísos. Descubra a riqueza marinha do arquipélago nas suas águas cristalinas com um mergulho mais profundo ou numa sessão de snorkeling à superfície. Ou então explore, sem pressas, as várias ilhas num barco à vela ou de caiaque e descubra grutas escondidas, a piscina natural mais famosa de Malta – St. Peters Pool – e uma das praias mais bonitas do arquipélago, a Lagoa Azul.
Para quem prefere um pouco mais de adrenalina, tem à sua espera um rol de desportos náuticos como windsurf, jetski, SUP ou, para os mais ousados, o subwing.
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- Experimente “voar” debaixo de água com o subwing;
- Mergulhe no Blue Hole, na Ilha de Gozo;
- Visite de caiaque a bonita Gruta Azul a sul da ilha de Malta ou a piscina natural St. Peters Pool.
5. Riqueza cultural o ano todo

Arte, música, gastronomia, competições desportivas… O programa cultural de Malta é extenso e eclético, enriquecendo os dias passados no arquilélogo.
Até ao final de 2024, será palco de importantes eventos que juntam história e contemporaneidade, como é o caso da Bienal de Arte, que se realiza a cada dois anos, ou o Festival Internacional de Gastronomia. Um festival de jazz, um festival de luzes de rua e uma das regatas mais competitivas do mundo da vela são outros pontos altos da oferta cultural anual de Malta.
Faça check:
- Primeira Bienal de Arte (ainda a decorrer em maio);
- Festival Internacional de Gastronomia de Malta (de 8 a 14 de julho);
- Festival “Mdina Night of Lights” (de 12 a 15 de julho);
- Rolex Middle Sea Race 2024 (outubro);
- Valletta Baroque Festival (janeiro).
6. Deixe-se encantar por paisagens únicas

Malta é por excelência um dos destinos europeus com maior potencial de atividades para fazer ao ar livre durante todo o ano, muito graças aos mais de 300 dias de sol, mas não só.
Além dos desportos aquáticos, dá a possibilidade de fazer caminhadas com paisagens deslumbrantes, meditar ou fazer sessões de ioga no exterior, ao som do suave bater das ondas do mar.
Aproveite para conhecer o Caminho maltês de Santiago, a nova rota de peregrinação com mais de 1000 anos de história que liga Santiago de Compostela a Malta. Com ponto de partida na Gruta de São Paulo, em Mdina, a etapa irá guiá-lo por aldeias que remontam aos séculos XVI e XVII até ao Forte de Santo Ângelo, seguindo-se depois uma viagem de barco até Sicília, ligando o Caminho Italiano, o Catalão e o Francês.
Faça check:
- Percorra o Circuito em redor da Ilha de Comino, que começa em Imġarr
- O Caminho maltês de Santiago;
- Ou a Rota das Torres de Vigia de Marfa.
7. Iguarias sem fim

A última razão para não perder Malta de vista? Ter a possibilidade de explorar as suas iguarias gastronómicas. Trata-se de uma das cozinhas mais variadas do mundo, com muitas influências britânicas, árabes e turcas. Aqui o queijo, o tomate e o azeite são os reis da maioria dos pratos, pela sua utilização regular.
Entre numa pastizzeria e experimente os famosos pastizzi, de origem turca, para um pequeno-almoço completo e reforçado (uma espécie de empada folhada com ricotta e carne). Obrigatório também é provar o coelho assado maltês – Stuffat tal-fenek – que se tornou um dos pratos de assinatura da ilha, e o lampuki, um peixe típico que se encontra nas águas de Malta.
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Em La Valletta, procure o Mercado gastronómico Is-Suq tal-Belt, onde terá muito por onde escolher; e em Marsaxlokk, uma pequena aldeia de pescadores com muito charme, arrisque no peixe e nos produtos frescos de mar.
- Timpana, uma pequena quiche de massa;
- Empada Pastizzi;
- Tarde de peixe maltesa Tal-Lampuki;
- Stuffat tal-fenek, ensopado de carne de coelho.
Os dados estão lançados. Este ano, faça check em Malta e encontre um paraíso no Mediterrâneo a três horas de distância.