A tradição cumpriu-se à meia-noite, com brindes, fogos de artificio e muitas promessas. Virou-se a página ao calendário e, em uníssono, na sequência cadenciada dos fusos horários, milhões de pessoas foram dando as boas-vindas ao novo ano. Com uma certeza, porém: a contagem decrescente pode ter terminado às 12 badaladas, mas em termos históricos e nas implicações para o planeta, 2025 só vai iniciar-se realmente a 20 de janeiro – o dia em que Donald Trump vai regressar à Casa Branca e, a acreditar nas suas palavras, disponível para mudar tudo o que estiver ao seu alcance… e a seu bel-prazer.
Não é exagero. Todos se lembram da promessa feita por Donald Trump, durante a campanha, do que iria fazer caso fosse ser eleito: “Não serei um ditador… exceto no primeiro dia”. Esse dia ainda não chegou, mas aproxima-se a passos rápidos, deixando o resto do mundo em suspense. E a deixar também muitos líderes políticos, nas suas mensagens de Ano Novo, a mostrarem-se cautelosos nos seus discursos, manietados que estão pelo ambiente de imprevisibilidade em que vivemos – como sucedeu, ontem à noite, na comunicação feita por Marcelo Rebelo de Sousa aos portugueses.
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