Portugal acordou ontem de madrugada literalmente abalado por um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter. Com o epicentro localizado no mar, a 58 quilómetros a oeste de Sines e a 16 mil metros de profundidade, o fenómeno ocorreu pelas 5h11m e foi sentido em Espanha e Marrocos.
Mais do que o susto sentido por milhares de portugueses, a ocorrência relembrou o País que este não é um tema que não pode ser esquecido, atendendo a que Portugal está situado numa zona com atividade sísmica. Basta olhar para o mapa de sismicidade do IPMA para confirmar que nas última semana foram registadas cerca de 40 sismos em terra ou no mar.
“O Sudoeste da crosta ibérica é uma zona bastante complexa. E o sismo de hoje [ontem] vem provar precisamente isso: que a complexidade de fraturas e de falhas com potencial sismogénico é muito grande”, diz Martim Chichorro, geólogo e professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Para este especialista a relevância deste sismo, que considera “relativamente insignificante” encontra-se nas lições que dele podemos retirar dele.