Hoje é o dia da defesa de António Costa. Conselho de Estado parte II. Fazendo o resumo rápido da primeira parte, a 21 de julho, o primeiro-ministro ouviu críticas duríssimas de conselheiros da área do centro-direita (Marques Mendes, Francisco Pinto Balsemão, Cavaco Silva) e foi o ex-ministro das Finanças de Cavaco, Miguel Cadilhe, quem “partiu a loiça” cor-de-rosa, ao desmontar, durante quase uma hora, os números otimistas que o Governo nos vende sobre a sua governação. E até Carlos César, presidente do PS, encarregue de fazer a defesa do Executivo, acabou por espetar mais um “prego no caixão”, ao dizer que, por ele, já tinha havido mais demissões de governantes.
António Costa não falou; teve de sair para apanhar o avião que o levaria à Nova Zelândia, para assistir à estreia da seleção feminina de futebol no campeonato do mundo. Assim sendo, Marcelo Rebelo de Sousa optou por não falar também, não encerrando o debate. O próprio explicou aos jornalistas o que iria acontecer a 5 de setembro, hoje. “Ficou pendente uma intervenção do senhor primeiro-ministro, se quiser intervir – normalmente intervém no fim dos conselheiros – e a minha intervenção de fecho”.