Um país que, nos últimos tempos, se indignou (e bem) com o caso de uma administradora que recebeu meio milhão de indemnização para deixar o seu cargo na TAP ou se abespinhou porque a mesma companhia aérea tencionava gastar umas centenas de milhares de euros para atualizar a frota automóvel dos seus principais dirigentes, não podia deixar de estremecer quando acordou para a realidade de que as tão aplaudidas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) – durante as quais, na primeira semana de agosto, o Papa Francisco se irá juntar, na capital do nosso país, a várias centenas (talvez até milhões) de jovens de todo o mundo – vão custar ao erário público, entre o que cabe ao Governo (€36M) e aos municípios de Lisboa (€35) e Loures (€9M), nunca menos de 80 milhões de euros. Um número já por si só gigantesco, mas que começou a gerar grande polémica por nele estarem incluídos mais de 6 milhões de euros para a construir um palco/altar no espaço junto ao rio Trancão que está a ser requalificado para receber as principais cerimónias do evento, nos dias 5 e 6 de agosto.
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