Como é que se tornam os cuidados de saúde mais humanizados? Como é que se valoriza quem está perto do fim numa sociedade que só presta atenção ao belo e ao jovem? Como é que se evita o isolamento de quem está perto do fim?
Estas são algumas das questões a que painel do encontro Vidas Esquecidas, Gente Esquecida vai procurar responder na quarta-feira, 7 de outubro, das 18h às 20h, no Museu da Eletricidade, em Lisboa.
A tertúlia acontece precisamente na semana em que se assinala o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, a 10 de outubro.
A escritora e jornalista Susana Moreira Marques irá contar a sua experiência de acompanhamento de uma equipa de cuidados paliativos numa das regiões mais esquecidas dos país, Trás-os-Montes, que daria origem ao livro Agora e na hora da nossa morte (Tinta-da-China), publicado também no Reino Unido este ano. Em pano de fundo, estarão as fotografias de André Cepeda.
O encontro é promovido pelas associações Amara (que forma profissionais de saúde e voluntários para acompanharem pessoas em fim de vida) e a LInQUE (que propõe uma abordagem humanizada dos cuidados paliativos).
Ao painel irão juntar-se Elsa Mourão, médica e fundadora da LInQUE, Emília Fradique, enfermeira de cuidados paliativos no Hospital Sta. Maria, Eduardo Carqueja, responsável pela consulta de psicologia de cuidados paliativos no Hospital S. João do Porto e Sílvia Ercoli, voluntária da Amara.
A moderação estará a cargo de Margarida Pinto Correia, diretora na Fundação EDP para a Inovação Social.
De acordo com o Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, Manuel Capelas, Portugal só consegue cobrir cerca de 10% da população que precisa de cuidados paliativos.