Regina Bento, administradora dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC), alertou que o número obtido com o inquérito “é apenas uma gota de água”, pois a investigação foi dirigida somente aos alunos “que se candidataram à bolsa e viram o pedido recusado”. A candidatura às bolsas é anual.
O inquérito, realizado em março, pretendia “dar uma resposta imediata” e direcionar os vários casos para “o Fundo de Apoio Social ou para uma reavaliação da bolsa”, explicou Regina Bento, referindo que de momento há 3 700 estudantes bolseiros, quando chegavam a ser “6 000, há 10 anos”.
“A alteração do regulamento de atribuição de bolsas veio reduzir imensamente o número de bolseiros”, constatou, acrescentando que “muito poucos alunos têm um plano B, caso percam a bolsa”.
O inquérito dos SASUC ainda não está fechado, visto que poderão ser analisados mais casos de alunos que perderam bolsa até ao final de maio, informou a administradora.
A Cáritas de Coimbra ajudou, em 2013, 37 estudantes e em 2014 registaram 11 apoios, informou Carina Dantas, diretora do Departamento de Inovação da Caritas de Coimbra.
Já o Centro de Acolhimento João Paulo II apoia “15 famílias com 17 estudantes universitários, 14 estudantes no âmbito do Projeto Lado a Lado (alojamento em casa de idosos sozinhos) e 12 estudantes em apoio individual”, afirmou Sandra Nunes, assistente social da instituição.
De acordo com Sandra Nunes, “nota-se que há cada vez mais estudantes a solicitar apoio”, sendo os pedidos normalmente para “propinas, alimentação e passes de autocarro”.