No espaço de um ano, o número de desempregados em Portugal aumentou quase 130 mil. Só nos meses de agosto e setembro, 10 mil pessoas ficaram sem trabalho.
Nas escolas refletem-se as dificuldades dos pais e aumenta o número de alunos com dificuldades financeiras.
Por todo o país, há histórias de estabelecimentos de ensino que estão a usar os lucros do bar, da papelaria ou do aluguer de pavilhões desportivos para apoiarem as crianças que não têm direito ao Apoio Social Escolar (ASE), que se baseia nas declarações de rendimentos de há dois anos.
Paulo Parreiro, funcionário dos serviços de ação social da Escola Secundária de Palmela, contou à agência Lusa que, em apenas um mês, foram detetados cerca de dez novos casos de alunos que precisam de apoio.
Esta escola, optou por mobilizar os lucros da papelaria e do bar para pagar alguns lanches.
No Agrupamento de Escolas nº 2 de Portalegre, os responsáveis resolveram apostar no aluguer do pavilhão escolar para conseguirem garantir, pelo menos, uma refeição quente e um lanche a meio da manhã.
Uma solução de recurso que pretende ajudar a comunidade escolar a enfrentar a crise.