O Divino Espírito Santo também fará das suas, mas o mais certo é o episódio JD Vance ter sido uma ironia do destino. Visivelmente fragilizado, o Papa Francisco pouco ou nada disse no encontro que teve com o vice-presidente norte-americano, no Vaticano, no Domingo de Páscoa, horas antes da sua morte. Em que medida é que o debilitado pontífice interveio, de facto, no agendamento da visita é coisa que, por enquanto, permanece no segredo dos deuses – e só mais tarde poderemos esclarecer.
Até agora, o que de facto sabemos é que as relações entre a Santa Sé e a nova Administração norte-americana não são as melhores. Francisco nunca escondeu o que pensava das políticas migratórias e, em fevereiro, três dias antes de ser internado no Hospital Gemelli, escreveu uma carta muito violenta dirigida aos bispos católicos norte-americanos. Criticou, nomeadamente, o programa de deportações em massa de Donald Trump, pedindo que fossem rejeitadas as “narrativas que discriminam e causam sofrimentos desnecessários aos nossos irmãos e irmãs migrantes e refugiados”.
