Quem já se cruzou no Instagram com o perfil @rita.a.psicologa talvez se aperceba de que Rita Gama Ferreira, autora do livro Estou Sempre a Mil – Uma Cabeça que Nunca se Desliga ou PHDA? (Contraponto), não é apenas profissional de saúde, mas também paciente. “Sempre fui uma cabeça no ar, cheia de pensamentos aleatórios acelerados e com dificuldade em manter a atenção e regular emoções”, explica. Apesar disso, Rita gere, aos 31 anos, uma equipa especializada na avaliação e no acompanhamento da perturbação de hiperatividade e défice de atenção. Porém, só em adulta, e após um burnout, é que foi diagnosticada e medicada, tendo regulado uma disfunção química à nascença.
Na sua página, que reúne mais de 51 mil seguidores, a psicóloga aborda um problema que mimetiza os sintomas da condição, mas nada tem a ver com ela. Trata-se da hiperestimulação, um estado que se define por “estar sempre à procura de recompensa imediata, de muitas maneiras, sendo os videojogos e as reações obtidas a publicações nas redes sociais as mais conhecidas, afetando o sentido crítico”.