Além de aparecer quase todas as noites num ecrã perto de nós, em dois formatos na RTP, e de nos acordar de segunda a sexta no éter da Rádio Comercial, aqui está ele nestas páginas, para poder ser lido com a tranquilidade que já se exige a um comunicador de 45 anos, metade deles a entreter-nos, com muita energia e o sorriso rasgado na cara. Vasco Palmeirim, de micro aberto, no lobby de um hotel lisboeta, sob o ouvido atento do seu agente, Sérgio Mota Soares – e já vão perceber porque é que a referência a esta presença importa no decorrer da entrevista.
Ponto prévio: o apresentador avisou-nos, ainda antes de carregarmos no botão rec, que poderia estar lento de raciocínio. Perguntámos, lembrando-nos de que a cerimónia de entrega dos Globos de Ouro, em que estava nomeado para Personalidade do Ano na sua área de atuação, tinha acontecido na véspera: “Foi rija a festa, ontem?” Mas o menino bem-comportado não é de noitadas, até porque o despertador toca, sem tréguas, às seis da manhã. E por esta altura, quando começámos a entrevista, já levava umas horas de rádio no bucho.