O Tenente Coronel Médico Sérgio Dias Janeiro vai ser o novo presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), depois de o anestesista Vítor Almeida ter deixado o cargo que assumiu há pouco mais de uma semana.
Segundo avança, esta sexta-feira, o Jornal de Notícias, Vítor Almeida terá imposto condições ao Ministério da Saúde que não foram acolhidas, nomeadamente ao nível da questão dos helicópteros de emergência médica, cujo contrato por ajuste direto corre o risco de ser chumbado pelo Tribunal de Contas. A partir daqui, decidiu que “não estavam reunidas as condições para assumir” aquele cargo.
Em comunicado, o Ministério da Saúde confirma que “nos contactos com a tutela durante a última semana, Vítor Almeida concluiu que não estavam reunidas as condições para assumir a presidência do INEM, por razões profissionais e face ao contexto atual do instituto”. A tutela liderada pela ministra Ana Paula Martins “decidiu nomear Sérgio Dias Janeiro” para presidente do INEM, “em regime de substituição por 60 dias, por vacatura do cargo”. O Ministério da Saúde anunciou que vai abrir “de imediato” um novo concurso junto da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).
O Tenente Coronel Sérgio Dias Janeiro nasceu em Vale de Cambra, em 1981, e é atualmente diretor do serviço de medicina interna do Hospital das Forças Armadas. Licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, fez a formação militar complementar ao Curso de Medicina para o Exército, na Academia Militar, entre 1999 e 2006. Tem também o curso de paraquedismo militar, de Advanced Trauma Life Support (ATLS) e Medical Response to Major Incidents (MRMI), além dos cursos certificados pelo INEM de viatura médica de emergência e reanimação para médicos, médico regulador do centro de orientação de doentes urgentes e curso de fisiologia de voo e segurança em heliportos. Cumpriu também uma comissão em operações NATO em Cabul, no Afeganistão.
Recorde-se que, no passado dia 3 de julho, Vítor Almeida tinha sido anunciado pelo Ministério da Saúde para a presidência do INEM, substituindo Luís Meira, que se demitiu na sequência de uma polémica em torno da renovação do contrato de helicópteros para a emergência médica.