Os sindicatos da PSP e da GNR reúnem-se, esta sexta-feira, com representantes dos partidos políticos. O encontro – anunciado, em comunicado, pela plataforma sindical – é justificado “na sequência da luta pela dignificação das carreiras (PSP e GNR)”, lê-se na nota.
Os sindicatos contam com a presença de PS, PSD, Chega, PCP, PAN, Livre e ainda CDS, segundo Paulo Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP). O BE não terá (ainda) confirmado a presença.
Recorde-se que a revolta na polícia escalou, em dezembro passado, após a aprovação, pelo Governo, do pagamento de um suplemento de missão, no valor de cerca de 700 euros, aos inspetores da Polícia Judiciária (PJ). Os sindicatos da PSP e da GNR dizem que estas forças de segurança estão a ser “desconsideradas pelo governo” e afirmam que a decisão foi a “machadada final”.
Os protestos começaram no início deste mês, quando Pedro Costa, de 32 anos, agente da Divisão de Segurança Aeroportuária da PSP, resolveu iniciar uma vigília solitária às portas da Assembleia da República. Polícia há cinco anos, Pedro Costa tem permanecido naquele local, insistindo que a ação de protesto decorre “24 horas [por dia], sem data ou hora para terminar”. Dorme numa carrinha estacionada em São Bento.
Centenas de polícias têm passado, diariamente, pelo local, para prestarem apoio ao colega, juntando-se (silenciosamente) à ação. Nas últimas duas semanas, grupos de polícias têm marcado presença nas bancadas de eventos desportivos, um pouco por todo o país, onde se têm feito notar entoando o hino nacional.
Na quarta-feira, a plataforma sindical organizou uma manifestação de polícias, que classificou como “histórica”. Os sindicatos garantem que terão participado 15 mil pessoas. Centenas acabariam por pernoitar frente ao Parlamento.