Este exercício faz parte dos preparativos da NASA para a primeira missão tripulada na superfície do planeta que se espera que ocorra no final da década de 2030.
Os participantes – Alyssa Shannon, Ross Brockwell, Kelly Haston e Nathan Jones – foram selecionados de entre um conjunto de candidatos para fazerem formarem a equipa da missão CHAPEA (Crew Health and Performance Exploration Analog). Após uma cerimónia no Centro Espacial Johnson da NASA, no Texas, os voluntários entraram no habitat isolado a que irão chamar casa durante um ano.
Kelly Haston, uma das voluntárias que foi designada pela NASA como comandante da missão, partilhou comentários comoventes no briefing sobre a importância dos voos espaciais e da exploração, que, acredita, “exemplificam algumas das melhores qualidades da humanidade”. Também elogiou os restantes membros do quarteto que descreveu como “um grupo espantoso de indivíduos dedicados que se sentem muito apaixonados pela exploração espacial e pela ciência”.
Com o objetivo de espelhar o que seria uma verdadeira missão em Marte, o quarteto enfrentará obstáculos como limitações de recursos, falhas de equipamento, atrasos de comunicação, fatores de stress ambiental, mas também vai estar encarregue de tarefas mais mundanas como o cultivo de plantas e a manutenção do habitat.
Nesta simulação, que essencialmente é uma preparação para os aspetos de uma verdadeira missão em Marte, o estado de saúde dos voluntários será constantemente monitorizado. Nas palavras de Grace Douglas, a investigadora principal da missão, a simulação permitirá “recolher dados cognitivos e de desempenho físico para nos dar mais informações sobre os potenciais impactos das missões de longa duração a Marte na saúde e no desempenho da tripulação”. Além disso, a informação recolhida pelos especialistas “ajudará a NASA a tomar decisões informadas para conceber e planear uma missão humana bem sucedida a Marte”, acrescentou.
A agência espacial americana espera que esta missão torne possível o envio de astronautas para Marte, com o apoio do seu programa Artemis. O programa Artemis pretende estabelecer uma presença sustentável na Lua, como forma de preparação para a conquista do planeta vermelho. No ano passado, a missão Artemis 1 enviou com sucesso uma nave espacial não tripulada para orbitar a lua. Em novembro de 2024, esperam que com a missão Artemis 2 seja possível enviar uma tripulação de quatro pessoas para o espaço, numa viagem de 10 dias à volta da lua.
As próximas simulações do Planeta Marte feitas pela NASA estão agendadas para 2025 e 2026.