A ex-administradora da TAP Alexandra Reis admite, na resposta que enviou para a auditoria da Inspecção Geral de Finanças (IGF), que a sua saída da TAP não ocorreu através de, como foi anunciado, de uma “renúncia”, mas foi “convidada a sair”. Por isso, Alexandra Reis considera ter “direito a uma indemnização”, não dos 500 mil euros pagos da primeira vez, mas sim cerca de metade deste valor, 249 mil euros.
Na resposta à auditoria da IGF, exercida na fase de contraditório, os advogados de Alexandra Reis consideram que a ex-administradora tem direito a 210 mil euros, que correspondem ao vencimento que auferia até ao final do mandato (2024), mais a indemnização a “titulo de compensação pecuniária pela cessação do contrato individual de trabalho” e ainda férias que venceriam em 2023. Total: 248364,09 euros.
“A avaliação da Inspeção-geral das Finanças [IGF] concluiu pela nulidade do acordo celebrado em fevereiro de 2022 […]. Recorre a necessidade de repor a legalidade do procedimento de cessação de funções e torna elegível a devolução das verbas”, afirmou Fernando Medina.
Segundo o relatório da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças, Alexandra Reis vai ter de devolver um total de 450.110,26 euros da compensação que lhe foi paga pela TAP. Os ministros das Finanças e das Infraestruturas, João Galamba, anunciaram a demissão, com justa causa, da CEO da TAP, Christine Ourmières-Widenere e do presidente do conselho da administração, Manuel Beja.
Entretanto, já depois de terem sido reveladas as conclusões das IGF, Alexandra Reis emitiu um comunicado, afirmando não concordar com o resultado da auditoria, mas referindo não pretender ficar com “um euro sobre o qual recaia a mínima suspeita”