Maomé tinha apenas 2 anos quando uns homens do clã Banu Sa’d o suspenderam num desfiladeiro de 45 metros de altura, amarrado a uma corda de fibra de palmeira. Levava uma ânfora de barro numa mão e um pedaço de madeira de acácia a arder na outra. Se a corda rebentasse, seria o seu fim.
Os beduínos sabiam que os dedos dos meninos pequenos eram bons para colher mel das colmeias escondidas em recantos na parede do penhasco. Depois de os homens o baixarem lentamente ao longo da grande pedra, Maomé teria de apagar a chama e introduzir o pau, ainda fumegante, no orifício da colmeia para que o fumo acalmasse as abelhas. Só então podia extrair os favos e colocá-los na ânfora, devagar e sem balanços perigosos.