Os alertas sucedem-se. Com eles, crescem a apreensão e a fadiga, a defesa possível quando surgem notícias de mais um surto viral numa qualquer parte do mundo e que, eventualmente, baterá à nossa porta. Em abril, na província chinesa de Henan, as autoridades de saúde chinesas detetaram o primeiro caso de gripe aviária H3N8 num menino de 4 anos que foi hospitalizado com febre e sintomas respiratórios. A família criava galinhas e vivia numa área com patos selvagens e a estirpe foi considerada uma “transmissão pontual entre espécies”.
No início de maio, no Reino Unido, foi confirmado um surto de monkeypox a partir de um residente britânico que viajou para a Nigéria. Os sintomas, facilmente confundidos com os de uma gripe, diferenciam-se dela pelas vesículas e feridas na pele, de natureza contagiosa. Identificado numa colónia de macacos (daí o nome) nos anos 1950, o monkeypox transmite-se na origem por mordedura de roedores, usa os primatas como hospedeiros e é um parente da varíola, doença erradicada em 1980.