Jamie Spears, de 69 anos, que supervisionava, além da carreira da filha, alguns aspetos da sua vida pessoal, referiu, no documento entregue citado pela BBC News, que Britney “tem agora o direito que este tribunal considere seriamente se esta tutela ainda é necessária”, e que deve ficar isenta de novos testes psicológicos que determinem o encerramento da tutela.
“Os recentes acontecimentos relacionados com esta tutela puseram em causa se as circunstâncias mudaram a tal ponto que os fundamentos para o estabelecimento de uma tutela podem já não existir”, lê-se no documento apresentado ao Supremo Tribunal de Los Angeles, na terça-feira.
Destacado ainda por Jamie Spears que Britney já tinha expressado em tribunal que se sentia capaz de assumir o próprio controlo da sua vida sem “voltar a ser supervisionada pelo meio de uma tutela”, tudo o que o pai diz desejar agora é “o melhor para a sua filha”. “Se a Sra. Spears quer acabar com a tutela e acredita que pode cuidar da sua própria vida, o Sr. Spears acredita que ela deve ter essa oportunidade”, foi referido, a partir do conteúdo do documento, no tribunal.
O pedido, entregue pelo pai da cantora, vai agora ser analisado pelo Supremo Tribunal e, segundo o advogado de Britney Spears, Mathew Rosengart, apesar de tratar-se de “uma enorme vitória legal”, deixou a garantia de que as investigações em relação à gestão do património financeiro feito pelo pai da cantora ao longo dos últimos 13 anos vão continuar.
O pedido para término da tutela por parte do seu pai chega dois meses após a cantora ter entregue um testemunho ao tribunal, pedindo que a tutela fosse imediatamente retirada, descrevendo que o pai controlava a sua vida de forma “abusiva” através do relato de comportamentos “cruéis”, como ameaças de impedimento de visitar os filhos se não cumprisse as suas exigências.
Em 2008, foram levantadas preocupações sobre a saúde mental da cantora e foi nessa altura que, num o acordo judicial, Jamie Spears assumiu a responsabilidade de supervisionar tanto os bens e assuntos financeiros da filha, como a sua saúde mental. No entanto, embora tenha deixado de monitorizar a parte psíquica da filha em 2019, devido a questões de saúde, continuou a controlar os seus acordos comerciais, segundo a cantora, que passou a recusar atuar sob a supervisão do pai.