As empresas norte-americanas de redes sociais estão a fazer um esforço coletivo para terminar com as campanhas dos talibãs – que têm sido reforçadas desde a retirada da maior parte das tropas americanas do Afeganistão no mês passado -, banindo contas e conteúdos das plataformas que se relacionem com o grupo islâmico, uma vez que este é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos da América.
De acordo com o Youtube, esta decisão baseia-se numa política de longa data que proíbe contas que sejam operadas pelos talibãs, bem como conteúdos de apoio ao grupo, na sua plataforma.
A Facebook, que detém a WhatsApp, também já tinha anunciado que bloqueou os “canais oficiais dos talibãs” e que está à procura de outros nomes de grupos e descrições para identificar novos fóruns que surjam com fins semelhantes. A empresa assegura que está a remover as contas para “respeitar a autoridade da comunidade internacional” e que não está a bloqueá-las por pressão política.
Os talibãs foram retirados do poder no Afeganistão por forças lideradas pelos Estados Unidos da América, em 2001, após os ataques de 11 de Setembro, mas com a retirada das tropas americanas este ano retomaram o controlo de Cabul, no domingo, depois de terem entrado na capital sem encontrar resistência, com quase todas as províncias debaixo do seu domínio. Agora, preparam-se para tomar o poder de forma “pacífica”, em Cabul, salientou Suhail Shaheen, um dos porta-vozes e negociadores em Doha, em entrevista à BBC.