O Governo anunciou o encerramento de escolas para reduzir a circulação de pessoas e assim tentar baixar a curva de infeções por Covid-19 no nosso País, e o ministro da Educação insistiu que aquela era a melhor opção – porque o “ensino presencial é prioritário” e é preciso evitar “uma sobrevalorização do ensino à distância” após a pandemia. Mas com os casos de contágio ainda em linha ascendente, a tutela já decretou o regresso às aulas online, a partir de segunda-feira, dia 8 de fevereiro, no fim dos 15 dias da interrupção letiva em vigor.
Está prevista a compensação desta pausa forçada?
Estes dias de interrupção serão compensados durante os três dias da habitual pausa do Carnaval (15, 16 e 17 de fevereiro), mais dois nas férias da Páscoa e os restantes numa semana extra após o final do ano letivo.
Como fica o calendário de avaliações?
Uma das medidas previstas no decreta que renova o estado de emergência, aprovado esta quinta-feira no Parlamento, diz precisamente respeito à “alteração ou prolongamento de períodos letivos, o ajustamento de métodos de avaliação e a suspensão ou nova calendarização de provas de exame.” Ou seja, estão a preparar-se ajustamentos a esse calendário.
E as creches?
Permanecem igualmente fechadas – pelo menos, até à próxima renovação do estado de emergência. “A cada 15 dias, veremos que níveis poderão abrir, desde que haja condições para isso”, explicou Tiago Brandão Rodrigues, durante o anúncio das novas medidas.
Como farão os alunos que não têm computador em casa?
Pelo menos em comparação com o ano passado, as escolas estão agora mais bem preparadas – acredita o ministro, ao lembrar que já foram distribuídos 100 mil computadores para os alunos dos escalões mais baixos do Secundário, prevendo-se, entretanto, a entrega de outros 335 mil, para os níveis de ensino mais abaixo.
Nem todos os encarregados de educação estão a aceitar os computadores comprados pelo Ministério da Educação. Porquê
Está em causa a imposição de assinar um documento que os responsabiliza pelo uso correto do equipamento, que é um empréstimo, e que terão de devolver mais tarde, em boas condições.
Vai haver telescola?
Sim, como também sublinhou o ministro Brandão Rodrigues, neste momento o Estudo em Casa, na RTP Memória, está a funcionar não só para o ensino básico, mas também para o secundário.
Até ao regresso do ensino presencial, mantêm-se os apoios para os alunos mais desfavorecidos?
Sim, tanto no caso dos alunos com necessidades educativas especiais, bem como as refeições providenciadas nas escolas. Mantém-se igualmente em funcionamento a rede de escolas para os filhos dos trabalhadores de serviços essenciais. Nesta primeira semana, houve cerca de mil crianças e jovens a beneficiar deste apoio.