Jenna Ellis, conselheira de campanha de Donald Trump, já afirmou que não vai pedir desculpas por ter chamado “homem” à Rachel Levine, uma mulher transgénero.
“Este homem está a tomar decisões acerca da nossa saúde”. Foi com este comentário na sua página do Twitter que Jenna Ellis, conselheira da campanha eleitoral de Donald Trump, se referiu, de forma intencional, a Rachel Levine, mulher transgénero e Secretária de Saúde da Pensilvânia. Uma onda de contestação inundou rapidamente as redes sociais devido ao comentário transfóbico.
A reação de Ellis? “Tãoengraçado como trágico”, disse, através de um porta-voz da campanha de Trump à NBC News.
A conselheira afirmou convictamente que não se vai desculpar pelo sucedido. “A verdade da biologia mostra que os seres humanos são criados como masculino e feminino, e os esquerdistas progressistas não só exigem que afirmemos factos falsos, mas também exigem que não ‘ofendamos’ as pessoas que insistem em falar das suas mentiras, caso contrário, somos chamados fanáticos insensíveis e somos obrigados desculpar-nos”, afirmou Ellis.
Mas esta não é a primeira vez que Rachel Levine é alvo de discriminação. Um episódio semelhante ocorreu no mês passado quando um dos repórteres da estação de rádio de Pittsburgh chamou a Secretária de Saúde de “senhor” pelo menos três vezes durante uma conferência de imprensa acerca dos desenvolvimentos da Covid-19.
Esta também não é a primeira vez que Ellis vem a público fazer comentários transfóbicos e homofóbicos. Em 2016, ela apelidou de “celebração do pecado” o bar homossexual “Stonewall Inn”, em Nova Iorque, considerado um local histórico devido ao facto de ter conduzido ao movimento de libertação homossexual na era moderna. Para além disso, no ano passado fez, ainda, uma publicação no Facebook, que entretanto foi excluída, na qual criticou os famosos filmes “Star Wars” por incluir personagens LGBT. “Esta necessidade esmagadora de ‘representação’ LGBT em todos os lugares mostra a falsidade do seu clamor por igualdade. Eles querem a subjugação absoluta da cultura”, podia ler-se na publicação.