Quer espreitar a coleção de um museu em particular? Há uma app que lhe dá muito mais do que isso – disponibiliza-lhe as coleções de milhares de museus espalhados pelo mundo. Se lhe apetece mais fazer composições artísticas com fotografias ou, digamos, aprender italiano, também há ferramentas móveis que ajudam a lá chegar. Resumindo para encurtar razões, o problema, com as apps, é escolhê-las. Por isso, a VISÃO pediu a três especialistas – Sérgio Magno, diretor da revista Exame Informática, Rui Lima, professor premiado pela Microsoft como um dos mais inovadores do mundo, e Vasco Marques, consultor de marketing digital e de redes sociais – que fizessem uma seleção de aplicações que aumentam os nossos conhecimentos. Ainda acrescentamos sugestões de um artigo do Guardian, jornal britânico de referência. É o que lhe oferecemos a partir daqui, com um bónus: todas as 11 aplicações que se seguem são grátis.

Quora
O diretor da Exame Informática diz que se encontram aqui “respostas para quase todas as perguntas”. Esta app dá acesso a uma plataforma de partilha de conhecimento com base em perguntas e respostas. “A base de dados é gigante, mas se não encontrar o que procura, basta perguntar”, explica Sérgio Magno. “A probabilidade de obter respostas de qualidade é muito elevada”, acrescenta. Trata-se de “uma consequência do método de classificação que, não sendo infalível, é capaz de valorizar as respostas mais acertadas, mesmo quando os temas são difíceis”.

Canva
Esta é “uma app muito útil para quem gere redes sociais”, diz o especialista Vasco Marques. Contém “numerosos modelos prontos a utilizar para os diversos social media, mas também para outros meios digitais”, justifica. E ainda “permite exportar em PDF e vídeo”. A opção grátis, sublinha, “é mais do que suficiente para a maioria das necessidades”.

Arcademics
Um dos destaques do professor Rui Lima é esta ferramenta de “exploração de conteúdos, essencialmente de matemática, através de jogos online”. São mais de 60 jogos que permitem competições em tempo real, a que se somam “lições” individuais para melhorar o desempenho.

Google Arts & Culture
No que respeita a “transportar museus no bolso”, é “a referência”, diz o diretor da Exame Informática. “Esta app concentra as coleções de mais de dois mil museus de todo o mundo”, esclarece Sérgio Magno. Mas não só: também disponibiliza outros conteúdos culturais, “incluindo notícias e recomendações sobre espaços a visitar em viagens de férias”. A tecnologia de Inteligência Artificial da Google, explica o jornalista especializado, permite ainda “funcionalidades divertidas, como procurar quadros com sósias do utilizador – basta tirarmos uma selfie e iniciar a pesquisa”. Mais: “É possível aplicar o estilo de alguns quadros marcantes a fotos que temos no smartphone ou ver alguns monumentos em 3D e com tecnologia de realidade virtual.”

Photoshop Camera
Esta é uma “nova app da Adobe, para fazer composições artísticas com fotografias”, informa Vasco Marques. A aplicação funciona como uma câmara inteligente, que adequa as lentes e os filtros antes de as fotos serem tiradas. “Para quem deseja explorar mais o mundo da imagem, a mesma empresa também tem as apps Photoshop Express, Fix e Mix”, completa o especialista.

Yousician
A guitarra que um dia comprou “está a ganhar poeira há anos?”, pergunta-se no artigo The Guardian atrás referido. Se assim é, está na hora de pegar nela e de pedir ajuda à app que aquele jornal britânico considera “uma das melhores para aprender a tocar guitarra”. Mas a Yousician também ensina a tocar piano, baixo ou ukulele. O segredo do sucesso parece estar no conceito “aprenda ao seu ritmo”, com vídeos tutoriais que passo a passo orientam o(a) aprendiz.

Kodu
É outra ferramenta recomendada pelo professor Rui Lima, para “introdução ao pensamento computacional e à criação de jogos”. Esta app é usada para criatividade tecnológica, storytelling e programação. De crianças a adultos, todos podem utilizar a aplicação, sem precisar à partida de competências de design ou de programação.

WikiArt (iOS), Art-droid (Android)
“Dá gosto explorar os ecrãs desta app, que permitem o acesso a uma das maiores coleções digitais, que contempla mais de cem mil trabalhos criados por mais de dois mil artistas de todo o mundo”, diz o diretor da Exame Informática. “Podemos procurar, por exemplo, uma pintura ou um artista, ou explorar as muitas áreas, como se estivéssemos num museu gigantesco”, ilustra Sérgio Magno – que avisa: “É fácil ‘perdermo-nos’.”

Duolingo
Nesta app, que se propõe ensinar um vasto leque de línguas, o Guardian elogia os “exercícios simples para prática diária”. As lições são adaptadas ao método de estudo do utilizador, que recebe notas imediatas e sabe num ápice se as respostas que deu estão certas ou não, e a correção também surge rapidamente. Moedas virtuais recompensam o bom desempenho e mantêm a motivação para a subida de nível.

TED Talks
“É a marca de conferências mais conhecida do globo”, lembra o diretor da Exame Informática. Nas numerosas talks, “muito fáceis de descobrir” nesta app, “é difícil encontrar um assunto que não tenha sido explorado”, acrescenta Sérgio Magno. O sistema de pesquisa, diz, “é eficiente e a quantidade e qualidade da informação é quase infindável, porque continua a crescer”. O jornalista considera esta aplicação “uma excelente forma de aprofundarmos conhecimentos sobre determinado assunto ou de encontrarmos pontos de vista diferentes, mas sempre muito bem substanciados”.

Elevate: Brain Training
O Guardian destaca esta app pelo treino cognitivo que proporciona, através de pequenos exercícios diários que testam a memória, os conhecimentos matemáticos e de outras disciplinas. Cada utilizador recebe um programa de treino personalizado e que vai sendo ajustado ao longo do tempo para maximizar os resultados.