A autoridade britânica para a publicidade ordenou a retirada do cartaz publicitário da loja online Missguided por considerar que este era “demasiado sexualizado” e que “objetificava” o sexo feminino. O cartaz, colocado em estações de comboio no final de 2019, mostra uma modelo que usa collants pretas, saltos altos e um blazer, sem sutiã, mostrando parte do peito.

Em resposta a esta proibição, a Missguided defende que o anúncio, apesar de apresentar semi-nudez, não viola nenhuma regra imposta pelas autoridades publicitárias e tinha como principal objetivo incentivar o empoderamento das mulheres.
O organismo que regula a publicidade no Reino Unido considera que a modelo estava nua e “o foco estava no peito da modelo e na parte inferior do abdómem, e não nas roupas que estavam a ser publicitadas”. “Vemos a cabeça dela inclinada para trás, com a boca ligeiramente aberta, de perna cruzada e elevada, o que pode ser considerado uma pose sexualmente sugestiva”, insiste o regulador, sublinhando que o cartaz expõe a mulher como um “objeto sexual “.
Na mesma campanha, outro cartaz da marca mostra uma modelo com um vestido rosa e um decote sobressaído. Contudo, e segundo a autoridade para a publicidade, este cartaz já não adota uma pose extremamente sugestiva, apenas “levemente sexual”, além de “não apresentar nudez explícita”.