Uma equipa de cientistas americanos quis perceber os antigos mecanismos cerebrais que controlam o comportamento social nos animais. Para este estudo usaram polvos, conhecidos por serem inteligentes, capazes de enganar presas e resolver problemas complexos, mas os seus cérebros, quando comparados com o nosso, são totalmente estranhos.
Ao administrarem ecstasy ao polvos eles tornaram-se altamente sociáveis, ao contrário da postura natural altamente esquiva. O mesmo acontece aos humanos quando tomam a droga, ficam eufóricos e mais próximos dos outros.
“Os cérebros dos polvos são mais semelhantes aos dos caramujos do que ao dos humanos, mas o nosso estudo mostra eles podem ter alguns dos mesmos comportamentos que nós”, referiu Gul Dolen, neurocientista da Johns Hopkins University School of Medicine, na Califórnia, que lideou a investigação.
O estudo mostra que os polvos têm as componentes moleculares necessárias para sentir os efeitos do esctasy. O cérebro destes animais tem os genes que controlam a forma como as células se ligam à serotonina – a substância química que controla o humor.
Para chegar a esta conclusão puseram oito polvos em água com escatsy durante 10 minutos. Dpois colocaram-nos em câmaras especializadas onde eles podiam interagir com bonecos de plástico ou outros polvos que estavam dentro de uma espécie de gaiola.
Os polvos “demolhados” na droga passaram mais tempo com outros polvos e envolveram-se em contactos físicos próximos.
Os resultados do estudo sugerem que várias relações entre o cérebro humano e o dos polvos, mas são necessárias mais experiências para que estes possam passar a ser as cobaias para o estudo do nosso cérebro.