A 19 de abril de 1993, chegava ao fim de forma trágica o culto Davidiano, após 51 dias de cerco por parte do FBI. O ataque das autoridades com gás lacrimogéneo e o consequente incêndio levou à morte de 75 membros da seita, incluindo 25 crianças e o próprio líder religioso David Koresh. Em Mount Carmel, em Waco, no Texas, David Koresh era acusado de ter abusado de menores e de estar a juntar armas de fogo. Desde essa altura, o rancho texano foi transformado em local de romaria e, ao longo dos anos, era visitado por curiosos e membros dos Davidianos.
Agora, um novo ramo liderado por Charles Pace, quer retomar o culto. À revista People, Pace disse ter sido “escolhido por Deus para reconstruir e purificar a igreja e a comunidade”. Ele que foi um dos membros que, na década de 1980, morou no rancho, mas não estava lá na época do massacre, voltou a Waco. Naquele que ficou conhecido como o Rancho do Apocalipse, mora com a mulher e os dois filhos adultos. Sem saber ao certo quantos seguidores Charles Pace tem agora, é através da Internet, de uma igreja online, que espalha agora a mensagem.
Templo Popular em Jonestown
Há 40 anos, a 18 de novembro de 1978, 918 pessoas morreram num misto de suicídio coletivo e assassinatos, em Jonestown, uma comuna fundada por Jim Jones, pastor e fundador do Templo Popular, uma seita pentecostal cristã de orientação socialista. Algumas pessoas foram mortas com tiros e facadas, mas a grande maioria, seguindo ordens do seu pastor, bebeu veneno misturado com ponche de frutas. Jonestown tinha escola, bungalows e hortas para subsistência da comunidade. A única forma de contacto com o mundo era um rádio de ondas curtas, num regime ditatorial, marcado por punições severas e pela presença de guardas armados para evitar fugas.
Restauração dos Dez Mandamentos de Deus no Uganda
Há 18 anos, os cadáveres, parcialmente decompostos, de 74 pessoas (48 adultos e 26 crianças, incluindo 2 bebés) foram descobertos numa vala comum na propriedade de Dominic Kataribabo, um dos líderes da seita apocalíptica Restauração dos Dez Mandamentos de Deus, em Rugazi, no sudoeste do Uganda. Os corpos, enterrados há cerca de três meses, apresentavam ferimentos de facadas e alguns tinham tiras de pano ou cordas à volta do pescoço. Dias antes, a polícia já tinha descoberto outros 153 cadáveres enterrados numa casa abandonada, usada também pela seita apocalíptica. Tudo isto foi precedido de um incêndio que funcionou como suicídio coletivo para 500 membros da seita, depois de terem ateado fogo no templo.
Ordem do Templo Solar no Quebec
Durante três anos, entre 1994 e 1997, diversos membros da Ordem do Templo Solar perpetraram uma série de suicídios em massa, da qual resultaram 74 mortes, no Quebec (Canadá). Muitos dos que morreram deixaram cartas de despedida e tinham doado mais de um milhão de dólares ao líder do grupo, o francês Joseph Di Mambro que, em 1984, juntamente com Luc Jouret formaram a Ordem do Templo Solar.
Heaven’s Gate na Califórnia
Os seguidores da seita Heaven’s Gate, liderada pelo casal Marshall Applewhite e Bonnie Nettles, acreditavam que ao morrer as suas almas iriam numa viagem a bordo de uma nave espacial, que estaria a seguir o cometa Hale-Bopp. Há 21 anos, 39 desses seguidores suicidaram-se em conjunto num rancho em Santa Fé, na Califórnia, inalando gás propano.