Cerca de quarenta por cento dos homens com mais de 30 anos ressona. De entre estes, 2% sofre de apneia – a respiração fica suspensa por alguns instantes, provocando uma queda dos níveis de oxigénio, estando associada a problemas como impotência, perda de concetração e de memória, diabetes, hipertensão e até enfarte durante o sono.
E os números, citados pelo The Telegraph, multiplicam-se com o avançar da idade, nomeadamente a partir dos 65 anos, quando dois terços dos homens ressonam e os casos de apneia do sono excedem os 10%.
É fácil de ver, então, porque ressonar apesar de ser uma das condições mais comuns enquanto dormimos, pode tornar-se num pesadelo, levando ao fim de relacionamentos, de carreiras e, em casos extremos, até à morte.
Mas para Mike Dilkes, consultor cirurgião otorrinolaringologista no Hospital de Londres de St. John e St. Elizabeth, ressonar é um “hábito voluntário”, à semelhança de beber e fumar, que pode ter consequências graves para a saúde pública. “Não é um hábito que se pode escolher ter, mas que se pode escolher parar”, refere o especialista.
As opções atualmente disponíveis para tatar este problema passam pela realização de uma cirurgia, pela utilização de equipamentos de avanço mandibular ou de uma máscara de pressão ou pela perda de peso.
Dilkes, que também dirige o centro médico Healthhub, em Londres, questiona se estes tratamentos resolvem o problema na totalidade: “Pareceu-me que os três eram difíceis de concretizar e em muitos casos estava-se a tratar o sintoma, não a causa, que está abaixo do palato mole (na parte de trás da língua).”
O cirurgião, não satisfeito com os métodos tradicionais, inventou um treino que está a revolucionar o sono dos mais ruidosos: um treino de língua e garganta que tonifica as estruturas do pescoço que dão origem aos problemas de respiração.
O treino tem a duração de cinco minutos e trabalha individualmente cada zona específica da boca e pescoço: língua, palato mole e garganta inferior.
O exerício:
Comece com a boca o mais aberta possível e com a língua o mais para fora que conseguir. Nesta posição, movimente a língua para cima e para baixo e para os lados. Em seguida, depois de duas séries destes movimentos, cante uma canção (o autor sugere o hino nacional britânico…) no tom mais grave que conseguir, durante, pelo menos, dois minutos.