A luta dos pesos médios britânicos que colocou Nick Blackwell, 26 anos, em coma deveria ter sido interrompida três rondas mais cedo, diz Peter Hamlyn, um médico especializado em jogadores deste desporto, em declarações ao The Guardian. Recorde-se que os árbitros tendem a parar as lutas por ser raro um oponente desistir.
A entidade reguladora do desporto no Reino Unido, defende o árbitro, acrescentando que os pugilistas conhecem os riscos a que se submetem e que as equipas médicas estão preparadas para estas situações, disponibilizando os meios para deslocar os pugilistas ao hospital o mais rapidamente possível.
De acordo com a família de Blackwell, o pugilista continua “profundamente sedado”. O seu estado, no entanto, “não está a deteriorar-se”.
A família pede também privacidade enquanto o pugilista é tratado e agradece as mensagens de apoio que tem recebido.
Nick Blackwell foi hospitalizado no final da décima ronda do jogo contra Chris Eubank Jr, no sábado, que servia para apurar o campeão dos pesos médios em Inglaterra, quando Blackwell tinha o olho esquerdo visivelmente
Pouco depois do final do combate, Blackwell desmaiou e teve de ser retirado do ringue numa maca e receber oxigénio. Mais tarde, confirmou-se que o pugilista tinha uma hemorragia cerebral e os médicos optaram por coloar Blackwell em coma induzido.
Chris Eubank Jr garante que abrandou a luta depois de o próprio pai o avisar que Blackwell poderia ficar magoado com gravidade.