A televisão continua a ser o meio preferido de 70% dos portugueses para estarem informados. Só depois vêm os jornais em papel e as redes sociais, que começam a ganhar terreno no que ao consumo de notícias diz respeito. Segundo o mais recente estudo da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Consumos de Media – 2015, que analisou “As novas dinâmicas de consumo televisivo em Portugal”, dos 80% que usa as redes sociais, 35% fazem-no para estar a par da atualidade. As redes sociais são, também, a escolha de 30% dos utilizadores para as notícias de última hora (breaking news).
Quando se fala em redes sociais, o Facebook é a rede preferida (83%) e a grande maioria dos utilizadores (67%) diz que acede a conteúdos noticiosos percorrendo o seu feed para saber o que é novo. A pesquisa de notícias é feita por 24% de utilizadores e 21% partilham a notícia fazendo um post.
Desengane-se quem pensa que só os mais novos usam as redes sociais: as pessoas entre os 45 e 54 anos têm uma taxa de utilização superior a 70 por cento. Apesar do esforço das empresas de comunicação social para os utilizadores pagarem os conteúdos disponibilizados online, ainda é muito baixa a percentagem de pessoas que o faz – apenas três por cento – e 62% acha muito improvável vir a pagar para aceder a conteúdos noticiosos.
O estudo coordenado por investigadores do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa e especialistas da GfK conclui ainda que mais de 60% dos portugueses acede à Internet, pelo menos, uma vez por semana e a grande maioria usa o e-mail (87%) e consulta as redes sociais (80%). Mais de metade acede à Internet para ler jornais e revistas. Os conteúdos de âmbito nacional são os preferidos (81%), seguindo-se os de atualidade internacional (61%) e de saúde (31%). A política nacional fica pelos 10 por cento. É em casa que quase todos leem as notícias, seguindo-se os lugares públicos e, só depois, o local de trabalho. O computador continua a ser o dispositivo mais utilizado, no entanto, os smartphones são os eleitos em locais de estudo (54%).