Se há pouco mais de 40 anos a esperança de vida à nascença em Portugal era de 67 anos, hoje a esperança média de vida já chegou aos 80. E são cada vez mais os que chegam – e ultrapassam – o centenário. Manoel Oliveira faleceu no mês passado aos 106. Há poucos dias, um homem com 101 anos foi encontrado apenas com ferimentos ligeiros depois do terramoto que assolou o Nepal. Os segredos para chegar aos 100 podem ser muitos, e muito diferentes de centenário para centenário. Mas estas são 10 sugestões para lá chegar, reunidas pelo jornal Huffington Post.
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1. Correr
Os benefícios do exercício físico são amplamente discutidos, mas investigadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, destacam a importância específica da corrida. Vários atletas e não-atletas foram acompanhados ao longo de 21 anos, e as conclusões não enganam: os primeiros correm menos riscos de sofrer paragens cardíacas, cancro, infeções e doenças neurológicas. Segundo os investigadores, mesmo o jogging mais descontraído pode valer-lhe mais cinco ou seis anos de vida. E para quem não gosta de correr, há alternativa: um estudo de 2012 da Copenhagen City Heart concluiu que apenas 20 minutos por dia de qualquer tipo de atividade física podem fazer a diferença.
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2. Um prato com todas as cores
UmaOs vegetais verdes e roxos são fundamentais para a prevenção de Alzheimer. Já os brócolos, a couve-flor e o repolho levam à redução do risco de morte por doenças cardiovasculares. As carnes vermelhas devem ser consumidas em pequenas porções. Destaque-se, ainda, a dieta mediterrânica: a relevância do peixe e dos vegetais faz com que os idosos tenham 20% de probabilidades de viver por mais tempo do que os que não praticam este tipo de alimentação.
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3. Viver como os esquilos
Viver como os esquilos? Sim, em dois aspetos. Um deles é o facto destes pequenos animais viverem felizes (pelo menos, é o que parece aos humanos). É que os idosos que são felizes apresentam uma taxa de mortalidade bastante inferior aos que se sentem infelizes. Um estudo de 2011 publicado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos indica que um grupo de idosos que se dizia ‘mais feliz’ apresentava uma taxa de 3,6%, enquanto os ‘menos felizes’ rondavam os 7%. E como falar em esquilos e não falar em nozes é praticamente impossível, saiba que o consumo deste pequeno fruto de casca rija também diminui o risco de morte precoce por cancro ou problemas cardiovasculares.
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4. Fazer o estômago voltar ‘ao que era dantes’
No fundo, falamos daqueles ‘quilinhos’ a mais de que se queixam algumas mulheres depois da menopausa. Perde-se a cintura devido ao peso que se ganha, e que ainda por cima pode provocar diabetes, além da tendência para problemas de coração. O impacto da menopausa no peso das mulheres tem sido estudado por vários investigadores, que concluem que a perda de estrogénio leva a uma mudança no padrão de gordura corporal, que vai da cintura ao abdómen.
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5. A importância do olfato
O olfato é, muitas vezes, um dos sentidos mais desvalorizados. Mas o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos defende que este é um importante fator relacionado com o risco de mortalidade entre os adultos mais velhos. Um estudo que envolveu cerca de 3000 indivíduos revelou que a probabilidade de morrer nos próximos cinco anos era quatro vezes maior nos que já tinham perdido a capacidade de detetar ou distinguir odores, do que naqueles que mantinham o sentido olfativo apurado.
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6. Rir muito
O que têm em comum 243 centenários, além de uma vida longa? Para eles, há sempre uma razão para rir. Foi a esta conclusão que chegaram a Universidade Yeshiva e o Albert Einstein College of Medicine, ambos em Nova Iorque. “Eles consideram o riso uma parte importante da vida”.
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7. Beber chá de modo saudável
O consumo de chá verde diminui o risco de doenças cardíacas. E é no chá verde e no preto que encontramos as catequinas, fonte de vários benefícios para o organismo. Esta substância, que se encontra nas folhas do chá, relaxa os vasos sanguíneos e protege o coração. Vamos esquecer as misturas de chá com leite. E o Iced Tea também não conta.
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8. É melhor dar do que receber
Ajudar os outros reduz o stress, o que leva a um aumento da qualidade de vida e, consequentemente, a uma maior longevidade. Princípios como a solidariedade e a generosidade, inerentes a quem dá mais do que recebe, pode trazer outras coisas em troca, como uma vida mais longa. Foram os investigadores da Universidade de Buffalo que encontraram uma ligação entre o ato de “dar” e um risco de morte mais diminuído.
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9. Mantenha-se ocupado!
Continuar a trabalhar mesmo depois da reforma pode ser o segredo para uma vida longa. Os homens reformados que mantiveram algum tipo de ocupação (como um part-time) ou que deram continuidade à sua carreira, revelaram uma velhice mais saudável. O Longevity Project desenvolvido em Harvard, e que viria a dar a origem ao livro com o mesmo nome, defende que a preocupação nem sempre tem consequências negativas na saúde. No caso, o stress que resulta de uma carreira ambiciosa pode ser benéfico para os mais velhos.
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10. Desligar a televisão
Desta vez é uma universidade australiana que defende que a cada hora que se passa a ver televisão equivalem menos 22 minutos na expetativa de vida do indivíduo. A Universidade de Queensland também concluiu que quem vê cerca de seis horas de televisão por dia, morre cinco anos mais cedo do que aqueles que não vêm televisão. Uma consequência, a longo prazo, da inatividade inerente ao zapping. O melhor é mesmo sair do sofá e fazer uma caminhada.