“Esta é a primeira vez que o efeito positivo da hormona EPO nos cérebros de recém-nascidos foi demonstrado”, foram as primeiras palavras da co-autora do estudo, Russia Ha-Vinh Leuchter, da Universidade de Genebra.
O estudo suíço – realizado em quase 500 bebés nascidos entre as 26 e 31 semanas de gestação – concluiu que a eritropoietina pode prevenir lesões cerebrais em bebés prematuros.
A hormona – que é usada de forma ilegal por atletas para aumentar o seu desempenho – estimula a produção de glóbulos vermelhos, podendo, no caso de bebés prematuros, reduzir a necessidade de transfusões de sangue.
No estudo publicado no “Journal of the American Medical Association”, a equipa do Hospital Universitário de Genebra descobriu que “os cérebros das crianças que receberam o tratamento (três doses de EPO após o seu nascimento) tiveram muito menos danos do que aqueles que receberam tratamento de placebo”.
No entanto, é preciso continuar a acompanhar as crianças pois “qualquer tratamento que pode reduzir os problemas de bebés prematuros, a longo prazo, justifica uma revisão posterior”, como alerta a neurologista Jane Hawdon, que não participou no estudo.