1 – Síndrome do Intestino Irritável
Os médicos definem-na como um “conjunto de manifestações gastrointestinais crónicas ou recorrentes não associadas a qualquer alteração bioquímica ou estrutural”. Os principais sintomas são dor (tipo cólica) e distensão abdominal, associados a um aumento da frequência diária de idas à casa de banho e alteração das fezes. A dor geralmente é intermitente e mais localizada na parte inferior do abdómen. Costuma piorar com o stress ou nas primeiras horas após as refeições.
Atualmente estima-se que cerca de 25% da população mundial sofra desta doença, que atinge principalmente o sexo feminino, por volta dos 20 anos de idade.
A alimentação é a melhor forma de controlar os sintomas. Os especialistas aconselham a fazer um diário alimentar correlacionando os sintomas com os alimentos ingeridos previamente. Os estudos indicam que cortar nas fibras alivia sintomas entre 30% a 40% na maioria dos doentes.
Alguns alimentos como o feijão, repolho, couve-flor, cebola crua, uva e ameixa são causadores de dor ou distensão em certos pacientes. Mas também, o vinho, a cerveja e bebidas com cafeína (café, chá, etc.) podem não ser tolerados.
2- Flatulência
Calcula-se que em média uma pessoa liberte de meio a um litro e meio de gases por dia. Esse ar provém do que foi engolido e não expelido pela boca (arrotar) e, em pequena proporção, pela fermentação realizada pelas bactérias da flora intestinal do intestino grosso.
Os casos de flatulência excessiva são geralmente acompanhados de diarreia, e ocorrem juntamente com certas intolerâncias alimentares, sendo a mais frequente, a intolerância à lactose (leite animal e seus derivados).
Para remediar a situação, deve-se evitar comer muito rápido ou conversar enquanto se mastiga, mascar pastilha, bebidas com gás e fumar. As carnes e alimentos muito ricos em proteínas, como ovos, tofu ou os suplementos proteicos dos atletas também provocam gases.
3 – Doença celíaca
Se se sente muitas vezes cansado, perdeu peso sem motivo aparente e tem dores abdominais, o motivo poderá ser este.
Esta doença danifica o aparelho digestivo, intestino delgado e interfere com a absorção de nutrientes do alimento. É uma reação adversa ao glúten, que podemos encontrar no trigo, cevada, centeio, e em todos os alimentos que os contenham, desde massas a pão, tortas e alguns molhos.
A doença celíaca é genética, mas pode tornar-se ativa pela primeira vez após uma cirurgia, gravidez, parto, infecão viral ou stress emocional grave.
O único tratamento existente é uma dieta rigorosa sem glúten para sempre, pois não existem medicamentos para a tratar.
4 – Flutuações hormonais
Acontecem principalmente durante a gravidez e segundo um estudo conduzido pela Chapman University, nos Estados Unidos, a progesterona deixa o cérebro da mulher pronto para os requisitos da maternidade, ajuda a torna-se menos agitada e mais preparada para responder às necessidades do bebé.
O exercício pode ajudar a melhorar a instabilidade intestinal – caminhar, por exemplo, durante 30 minutos por dia, pode ser o suficiente para fazer a diferença.
Além disso, beber bastantes líquidos e comer muita fruta, legumes e grãos integrais evita a prisão de ventre.
5- Cancro nos ovários
Na fase inicial não causa sintomas óbvios. Porém, à medida que o cancro evolui, podem surgir sintomas como pressão ou dor no abdómen, pélvis, costas ou pernas; abdómen inchado ou sensação de estar “empanturrada”; náuseas, indigestão, gases, obstipação ou diarreia; e sensação constante de grande cansaço. Alguns menos frequentes são: falta de ar, vontade constante de urinar e hemorragias vaginais invulgares.