Chama-se “fetus in fetu” e é uma situação relativamente rara que ocorre quando os gémeos, na fase ainda zigoto (quando o óvulo começa a dividir-se, depois da fecundação), acabam por não se separar completamente, conforme explicou aos media Carlos Astocondor, o pediatra cirurgião que liderou a cirurgia do pequeno Isbac Pacunda.
O menino, de três anos, começou a queixar-se de fortes dores de estômago, que fizeram com que o pai o levasse ao hospital. Aí, os médicos descobriram que Isbac alojava no seu abdómen um “gémeo parasita”, de 25 centímetros.
O feto tinha crânio e couro cabeludo, coluna vertebral, ossos, braços e pernas, mas não possuia nem cérebro, nem pulmões ou coração e alimentava-se do sangue do “irmão”, através das suas veias renais.
A cirurgia, realizada na última segunda-feira, foi complicada, uma vez que o feto estava muito ligado ao rim direito de Isbac, mas os médicos classificam-na como “bem sucedida”. O menino recupera agora no Hospital Las Mercedes de Chiclayo, no Peru.