Os católicos não podem, afinal, confessar-se por intermédio de um iPhone. Ao contrário do que chegou a ser anunciado, a tecnologia não vai substituir a presença física quando se admite os pecados perante um padre, afirmou, esta quarta feira, um porta-voz do Vaticano.
O comunicado do padre Frederico Lombardi foi divulgado após o lançamento nos Estados Unidos de uma aplicação para o iPhone criada para ajudar os católicos na confissão.
“Não é, de forma alguma, possível confessar-se pelo iPhone”, disse Lombardi, acrescentando que a confissão requer a presença do penitente e do padre. “Isso não pode ser substituído por qualquer aplicação tecnológica”, refere o comunicado do Vaticano.
A aplicação, que se chama Confession (Confissão, em português, embora ainda só esteja disponível nos EUA), foi posta à venda na semana passada no iTunes, por cerca de 1,5 euros e é descrita como “a ajuda perfeita para cada penitente”.
A aplicação guia os utilizadores através da confissão, além de permitir um exame de consciência baseado em fatores personalizáveis, como a idade, o sexo e o estado civil.
“Rezo todos os dias?”, “Minto deliberadamente?”, “Tenho estado envolvido em práticas supersticiosas ou no oculto” são algumas das questões a que os utilizadores são convidados a responder.
A “Confissão” surge pouco depois de o Papa Bento XVI ter apelado aos cristãos que abracem a comunicação digital e façam sentir a sua presença online.