Carolina Salgado está acusada de mandar pegar fogo nos escritórios do seu ex-companheiro, Pinto da Costa, e do advogado de Lourenço Pinto.
O Ministério Público imputa ainda à antiga companheira de Pinto da Costa um crime de ofensa à integridade física qualificada, na forma tentada, ao médico Fernando Póvoas.
O juiz do colectivo do Tribunal de São João Novo decidiu também apensar um processo em que Pinto da Costa é pronunciado por agressão a Carolina Salgado, tendo-se hoje considerado que não se verificam as nulidades suscitadas pela defesa do presidente do FC Porto.
Assim, Carolina e Pinto da Costa poderão sentar-se, lado a lado, no banco dos réus no próximo dia 07 de Julho se o recurso entretanto apresentado pelo advogado do dirigente portista, sobre esta matéria, tiver uma decisão negativa.
Em causa estão duas bofetadas alegadamente desferidas por Pinto da Costa na ex-namorada, em Março de 2006, numa altura em que procedia à retirada de bens de uma vivenda da Madalena, que ambos tinham co-habitado.
Outros apensos – cuja junção ao processo principal não suscitou quaisquer reservas – relacionam-se com o livro “Eu Carolina”, em que Carolina Salgado responde por alegada difamação simples a Pinto de Costa e difamação agravada a Lourenço Pinto.
No processo principal, a acusação diz que Carolina Salgado convenceu Paulo Lemos, dado como seu ex-namorado, e um conhecido deste, Rui Passeira, a agredirem o médico Fernando Póvoas.
Ainda de acordo com o MP, Paulo Lemos (acusado de dano) também aceitou uma proposta de Carolina Salgado para incendiar os escritórios de Pinto da Costa e Lourenço Pinto, bem como o escritório de um solicitador que teria à sua guarda documentos comprometedores para a ex-companheira do presidente portista.
Paulo Lemos deslocou-se aos escritórios Pinto da Costa e Lourenço Pinto com um bidão de gasolina com o objectivo preciso de os incendiar, mas – refere a acusação – acabou por provocar pequenos danos.
Foi decidida hoje também a apensação de um sexto processo em que Carolina está acusada de prestar falsos testemunhos durante a instrução do que ficou conhecido como “caso da fruta”, que acusava Pinto da Costa de corrupção desportiva relativa ao jogo FC Porto-Estrela de Amadora de 03/04 e que acabou por ser arquivado.
O julgamento deverá ter início a 07 de Julho, pelas 10:00, na terceira vara do Tribunal de São João Novo, estando já marcada uma segunda data para 14 de Julho à mesma hora.