A “Cloneta” é fruto de um embrião produzido “in vitro” nos laboratórios do “Grupo de Reprodução Animal” do Departamento de Ciências Agrárias – Centro de Investigação e Tecnologia Agrária da Universidade dos Açores (CITA), da Universidade dos Açores.
O processo “foi inovador” no sentido de que “é realizado a partir de uma célula de um embrião com 7 dias produzido in vitro”, explicou o investigador Moreira da Silva, responsável pelo Laboratório.
De acordo com Moreira da Silva e Isabel Carvalhais, doutoranda que acompanhou o processo, o clone foi realizado através do conjunto “citoplasma (interior da célula) e blástomero (célula interior do embrião)”.
O embrião levou duas semanas a ser produzido em laboratório, tendo o processo começado no final do mês de Julho do ano passado, e transferido para a vaca receptora no mês de Agosto.
Moreira da Silva e Isabel Carvalhais “têm expectativa” quanto ao período de vida que o clone poderá ter uma vez que “todos os embriões produzidos in vitro são frágeis o que pode levar à morte prematura dos clones”, explicaram.
O objectivo do grupo de investigadores que trabalharam nesta clonagem foi “testar e aperfeiçoar a técnica para que o Laboratório de Reprodução Animal não ficasse à margem das técnicas e tecnologias mais actualizadas”.
No futuro este trabalho que incluiu também António Nobre, Sofia Pires e Ana Santos, pode ter utilidade na produção de animais de elevados valores genéticos o que pode ser uma mais valia para a região.
Pode, também, ser útil “na recuperação de espécies animais que se encontrem em vias de extinção”.
As investigações e os resultados conseguidos pela Universidade dos Açores deverão ter continuidade internacional uma vez que assistiram à sua conclusão Marwa Faheem, egípcia doutoranda em embriologia, e Afrooz Habibi, médica iraniana, doutoranda em anatomia humana.
O projecto foi financiado pelo governo regional e pelo Centro de Investigação e Tecnologia Agrária da Universidade dos Açores (CITA).