Joana Bordalo e Sá está em Lisboa, porque na véspera esteve junto a utentes e autarcas do Barreiro numa manifestação contra o encerramento das urgências de Obstetrícia naquele hospital da Margem Sul. Vai passar poucas horas na sede da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), em Lisboa, porque tem de voltar para o IPO, no Porto, onde é oncologista há 20 anos. Esteve para ser veterinária, mas a ideia de trabalhar num serviço público foi parte da motivação para mudar de curso. Está e esteve sempre em dedicação exclusiva no SNS, o regime opcional que gostaria de ver na lei como forma de resolver os problemas de pessoal de que sofre o serviço público. Para já, diz que só voltar às condições laborais que existiam antes da Troika já é era um bom início de conversa.
Porque é que decidiu ser médica?
Ser médica não estava nos meus planos. Eu estava em Medicina Veterinária e fiz os primeiros anos. Só que quando cheguei à prática, achei que se calhar não seria por aí o caminho. Por outro lado, também gostava muito de investigação e achei que talvez a medicina humana fizesse mais sentido e também no propósito de eventualmente trabalhar num serviço público.
