Na intervenção de abertura do 42.º Congresso Nacional do PSD, o presidente do PSD e primeiro-ministro recusou este sábado que o Governo esteja isolado e prometeu responder “pelo prestígio da política e pela palavra dada” e manter “um ritmo forte” de transformação do país.
Luís Montenegro nunca falou nem do Orçamento do Estado nem diretamente de qualquer adversário político. “Nós estamos a governar Portugal com o apoio das autarquias, com o apoio das Regiões Autónomas, com o apoio dos parceiros sociais, conquistando ou reconquistando a estabilidade e a paz na escola, nas forças de segurança, na área crítica da justiça, da saúde. E ainda há quem diga que nós estamos isolados?”, questionou.
Segundo o líder do PSD e primeiro-ministro, o Governo está “cada vez mais próximo daqueles que interessam, que são os portugueses, as famílias, as empresas, as instituições”. “Cá estaremos para responder pelo prestígio da política, pelo valor da palavra dada, pela concretização do compromisso”, disse, sem qualquer referência também ao Chega, cujo líder o tem acusado de prometer em privado acordos não confirmados em público.
Montenegro terminou a sua primeira intervenção no congresso, que decorre até domingo em Braga, citando o hino da recente campanha eleitoral da AD: “Estamos todos juntos. Ninguém nos pode parar. Eu vou com Portugal. Agora é hora de fazer o meu país mudar”, disse.
Montenegro diz não acreditar que PS pretenda descaracterizar OE na especialidade
O presidente do PSD disse ainda não acreditar que o PS, depois de anunciar a viabilização do Orçamento do Estado, pretenda agora “adulterá-lo ou descaracterizá-lo” na especialidade. “Eu não acredito que um partido com a história e a responsabilidade do PS anunciasse a viabilização de um Orçamento ao mesmo tempo que quisesse adulterá-lo ou descaracterizá-lo. Não acredito nisso, sinceramente”, afirmou Luís Montenegro.
Bugalho e Ana Gabriela Cabilhas aderiram ao partido
O presidente do PSD anunciou que o eurodeputado Sebastião Bugalho e a deputada Ana Gabriela Cabilhas, até agora independentes, se tornaram militantes do partido.
Albuquerque exige compromisso para deputados das ilhas votarem a favor do orçamento
O presidente do Governo Regional da Madeira exigiu, na Convenção, um “compromisso claro” do primeiro-ministro no Orçamento do Estado relativamente aos direitos das regiões autónomas, avisando que, caso contrário, os deputados das ilhas votarão contra aquele documento.
“Não é uma ameaça, é uma circunstância que decorre da necessidade de o Estado assumir os compromissos com as regiões autónomas”, afirmou Miguel Albuquerque. “Neste momento, entendemos que, contrariamente às expectativas que existiam relativamente ao Orçamento do Estado, as questões que tem que ser resolvidas relativamente à região autónoma dos Açores e da Madeira não estão consagradas nesta apresentação inicial do Orçamento”, disse.