Na sua intervenção no comício do PS no Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, Ana Catarina Mendes manifestou a “maior perplexidade” por o Presidente da República ter decidido “entrar em campanha no último dia”, com os simpatizantes socialistas a assobiarem Marcelo Rebelo de Sousa mal o seu nome foi pronunciado.
“Em democracia não é aceitável. O Presidente da República – habituou-nos Mário Soares, Jorge Sampaio – é o garante da estabilidade democrática, é o garante de que todas as forças políticas têm os mesmos direitos em sociedades democráticas”, sustentou.
Por isso, prosseguiu a também governante, “não é admissível que o senhor Presidente da República tenha decidido convocar estas eleições mas, pior do que isso, tenha decidido entrar hoje em campanha eleitoral”.
“Os portugueses responderão, e responderão de uma forma muito clara, meu caro Pedro Nuno Santos. Responderão com uma grande, enorme vitória no PS, e o Pedro Nuno Santos primeiro-ministro de Portugal”, sublinhou, salientando que “é assim em sociedades democráticas”.
O Expresso noticiou hoje que, caso a Aliança Democrática (AD) perca as eleições, mas houver uma maioria de direita no parlamento, o Presidente da República não vai aceitar um primeiro-ministro de substituição de Luís Montenegro para um eventual Governo com o Chega.
Segundo esse mesmo artigo, o Presidente da República “já cenarizou o que pode sair do 10 de março e não antevê que quem fique em segundo nas eleições possa governar”.
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