Pedro Nuno Santos assumiu esta posição de bipolarização política em declarações aos jornalistas, a meio de uma viagem de comboio entre Marco de Canaveses e o Porto, linha que foi por si modernizada quando desempenhou as funções de ministro das Infraestruturas.
Tendo o cabeça de lista socialista pelo Porto, Francisco Assis, sentado ao pé de si, Pedro Nuno Santos começou por dizer que, em relação às eleições legislativas de domingo, as suas contas “são só PS”.
“Só vamos conseguir continuar a avançar se o PS derrotar a AD (Aliança Democrática). Por isso, não podemos desperdiçar votos”, sustentou — uma mensagem que acentuou logo a seguir.
“Aquilo que interessa é concentrarmos os votos no PS e garantirmos que o PS ganha. Quem quer travar o regresso da direita ao poder e o regresso ao passado deve concentrar o seu voto no PS. Peço a todos os indecisos que votem no PS”, declarou.
Confrontado com o cenário de o PS vencer as eleições legislativas, mas os partidos à sua direita alcançarem uma maioria no parlamento, o líder socialista desvalorizou esse cenário.
“Sinceramente, não antevejo que haja maioria à direita nas próximas eleições, até porque não existe essa unidade a partir do momento em que o PSD exclui o Chega”, disse.
Mas, a seguir, fez uma ressalva em relação a esse entendimento PSD/Chega: “Digo eu, estou a partir desse pressuposto” apresentado pelo líder social-democrata, Luís Montenegro.
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