Apesar de, nestas eleições, estar muito mais em jogo do que há dois anos, a começar pela incógnita quanto a uma solução de governabilidade, as audiências dos debates televisivos ficaram aquém do esperado. Sinal disso é o frente a frente, considerado decisivo, entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, na passada segunda-feira, 19, que se ficou pelos 2,8 milhões de espetadores. Em janeiro de 2022, António Costa e Rui Rio colaram mais 500 mil aos ecrãs (3,3 milhões).
Todavia, pela bitola da qualidade da discussão, este tratou-se do debate mais esclarecedor. Até porque os argumentos não resvalaram (tanto) para trocas constantes de palavras azedas, como aconteceu, na maior parte das vezes, principalmente naquelas em que se apresentou o presidente do Chega – cujos confrontos estão entre os mais vistos e os que mais ultrapassaram o tempo acordado entre os canais de televisão e a ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social (30 minutos).