José Luís Carneiro assumiu a derrota na corrida à liderança do PS, este sábado, dando um sinal de unidade no partido ao rumar do hotel em Lisboa, onde teve o quartel-general todo o dia, à sede do partido, após ter ficado fechada a contagem dos votos.
O ministro da Administração Interna obteve 36% dos votos (14.868). Pedro Nuno Santos venceu com 62% (24.080).
No Largo do Rato, destacou que a sua “candidatura alcançou um notável resultado”, tendo em conta que conquistou um terço dos socialistas, e mostrou-se disponível para, com Pedro Nuno Santos, “para colaborar no reforço do PS como grande partido da democracia portuguesa, partido interclassista, um partido intergeracional, um partido que é simultaneamente europeu e atlantista, na defesa de uma sociedade aberta, plural, livre e democrática”.
Como rosto da ala centro-direita do PS e crítico da aproximação do partido ao BE e ao PCP, Carneiro apelou depois de tais palavras que estas não tivessem “uma leitura política”.
“O PS tem de continuar a ser um partido aberto, plural e profundamente democrático; um partido capaz de dialogar com toda a sociedade portuguesa, capaz de ser o primeiro e mais importante baluarte da defesa dos valores democráticos na defesa dos valores constitucionais”, disse, numa curta declaração.
Para Carneiro, a sua candidatura, “não tendo sido maioritária, teve do mais elevados resultados das candidaturas não ganhadoras que se desenvolveram até hoje”. E adiantou ter “manifestando disponibilidade para trabalhar” com o novo secretário-geral do PS. “A nossa candidatura foi mais do que uma candidatura a secretário-geral; foi um amplo movimento que se constituiu”, reivindicou.
Quanto ao seu futuro político, quando questionado pelos jornalistas, José Luís Carneiro não quis dar detalhes.